playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

17 de dezembro de 2009

Um sonho. uma história que você conta somente para você, com sensações polidimensionais, cheiros e tato. E te acompanha pelo dia inteiro, quiça a semana, e se tivermos muita sorte, e for algo bom, a vida toda.

Hoje foi assim. Aquela mesma sensação, mas com toques diferentes. A Lição de casa será não ficar triste por algumas pessoas não estarem presentes na minha vida mais. E descobrir o que meu lado direito do cérebro está tentando me dizer.
Fica a bolota na garganta e a sensação que reflete o que eu queria pra vida.
Incrível como os sonhos dormindo me fazem sonhar acordada.
Triste ou feliz, não importa.

4 de dezembro de 2009

É como você passar a vida inteira esperando ir pro céu quando morrer. E na hora que chega lá, descobre que lá não existe. Em segundos, abre-se um buraco negro sob seus pés. E a sensação de estar buscando algo que vc só sabe o que é quando encontra, e neste momento, tudo se resume àquilo. E se aquilo não é para você, não mais o que buscar, certo?


porque o mundo parece que não vai mudar. e nem eu vou deixar de acreditar no que acredito. vou me adequar, até talvez não esperar mais, mas conformar é quase impossível. pq nao seria eu.

caio, mas nao me dobro ao que é ruim. me convença que é bom. ou se deixe convencer.

isso é ser (inteli)gente

to tentando entender o real sentido do conselho: Não passes o teu tempo com alguém que não está disposto a passá-lo contigo.


parece simples e direto, mas como fazê-lo quando se dá valor a isso? E quando decides fazer isso, pq se respeitar não é aceito pelo outro?

bla bla bla

30 de novembro de 2009

Em determinado ponto da existência, algumas pessoas resolvem relacionar felicidade a um grau de adrenalina. E, entrando sem aviso na casa onde mora o perigo, enganam-se achando que aquela dor no estômago é sinônimo de "estar vivo".

E a casa onde mora o tal perigo é muito bem arrumada e atraente. Principalmente aos olhos daquele apegado a sonhos e utopias. Porque na verdade pra ele pouco importa o que as coisas são e sim como ele as vê. "Eu quero que o encontro com você seja mágico e lindamente recíproco, e automaticamente luzes coloridas pairam no céu, que somente eu vi, claro." É assim, damos às coisas e possivelmente às pessoas a cor que para nós é mais confortável.
E é aí que mora... isso, você pode imaginar.
Porque todo delírio tem breves períodos de lucidez, acredito eu que por um instinto de sobrevivência. Duram pouco, normalmente pouco, e ou trazem calma ou desespero. Aí vai depender se a realidade é mais ou menos fértil que a sua imaginação. (me permita rir um pouco aqui, meu lado sádico)

Não sei se é saudável essa "máscara" que damos ao mundo. Mas sei que, se ela nos inspira também nos arrisca. Nos faz fazer papel de bobos, nos permite viver coisas que nao faríamos "conscientemente". E, por fim, nos protege de ver a cara de alguns monstros, pra que possamos continuar acreditando que esse filme sem diretor na nossa cabeça, às vezes pode ser encenado.

Nem tudo é bom nem tudo é mau. Tá, ok, mas nunca se fica no meio neste quesito. É bom com pitada de mal e mal com nuaces de bom. 
E o que eu espero de você não representa necessariamente o que você está disposto a me dar.
E olha que descoberta impressionante.
Me contaram que não somos Deus. Nossa singela e audaciosa imaginação não tem o poder de transformar. Agora, qual poder tem, hum... alguém?


30 de outubro de 2009

Disse Zélia Duncan às 13h09 doa dia 29 de outrubro em seu Twitter. E eu torço tanto para que isso faça sentido. 



"Os piores fantasmas são os de carne e osso! Como pesam, não? É maravilhoso descobrir que muitas dependências são pura ilusão."


Penso aqui, com a bola de gude na garganta: A ilusão de dependência é uma prisão tão violenta que só consegui chorar ao ler isso. Porque o louco está no fato de ser triste a dependência e ao mesmo tempo triste a tomada de consciência de ser uma ilusão. é quase como um perder o chão para algumas pessoas. Devia ser libertador. Mas quem disse que a liberdade nnao é doloridamente a aceitação de não ser necessário. em termos.

22 de outubro de 2009



Eu tenho a pressa certa, aquela que liberta.

18 de outubro de 2009

Uma azia queima o estômago, ilustrando um desespero interno. Ainda ontem achava que sabia o exato motivo que apertava a garganta. A razão da suposta infelicidade parecia clara. Quando um momento de maior solidão confundiu os pensares e tirou os pés do chão. Aquilo que queria e sabia ser o que traria calma tornou-se o maior desassossego, palavra grande e cheia de curvas, por onde vagam os pensamentos buscando a chave da jaula que protege o medo. O medo trancado do lado de dentro não assusta nem deixa sair. Não adianta chegar agora até aqui. Ficar batendo na porta sem parar. Insistindo para entrar. Por mais que quisesse abrir, não conseguiria. Já não é mais, embora não tenha deixado de ser. A certeza que existia em querer deixar entrar se corroeu em ferrugem esperando. Cada porta batida na cara desfigurou o meu torpor. Teu ruim foi tão valente que curou meu cego amor. Ainda que queira voltar um ou dois capítulos atrás, a história correu sem roteiro, mesmo sem final aparente, mesmo sem cena envolvente, deixando claro o enredo. Tragédia disfarçada de comédia romântica. Sem rima não dá pra acabar, por isso vou ter que mudar. Um final que começou em desejo, reconhece lá nos créditos, da ultima pessoa que viu, um real e triste bocejo. Ainda acho a coisa brega, não consigo arrematar. Queria contar um sentimento, mas como todos os nossos beijos, melhor mesmo é adiar.

A vida tornou-se insignificante. Não, não a minha.

Você vê a foto de um e é como se visse a de todos.
As posições se repetem. E sorrisos são os mesmos.
Na TV, histórias de dores, de amores, são as deles.
Mas poderiam ser as minhas sem muitos esforços.
Eu, você e qualquer um somos desnecessários aqui.
Tento um verso simétrico para explicar o que sinto.
Quando percebo uma angústia desmedida chegando.
Angústia por perceber a falta de sentido que é viver.
Numa vida que já não se justifica mais pelas pessoas.
O que há em torno de mim diz o q sou ou o que sinto.
Precisei suprimir um "ue" para caber em uma linha.
Assim como vamos precisar deixar de ser ou querer.
Para caber num mundo onde qualquer coisa é nada.

16 de outubro de 2009

Acho que foi alarme falso. Não morri, obviamente. E também ainda não senti vestígios da felicidade.

Fora isso, acabo de passar por uma situação estranha. Ok, isso não devia ser novidade pra mim, tudo que me circunda é costuma ser ou se tornar estranho.
Um senhor pediu uma informação e eu dei. Passando algumas horas, vejo que ele ainda está sentado na sala da recepção, paro e pergunto: Nossa, ainda não vieram lhe atender?
Ele olha como se não fosse com ele, e vira o rosto. Contrariando meu usual comportamento, que seria sair de fininho constrangida, insisti e repeti a pergunta, olhando bem para ele. De novo, ele me olha e vira a cara, como se eu não estivesse ali.
Eu só não desconfiei que de fato tinha morrido no post anterior, pq outras pessoas na sala me olhavam como se não acreditassem no que estavam vendo.
Voltei pra minha salinha com aquele sentimento básico de peixes: vontadinha de chorar, como se tivesse sofrido rejeição. 
Ah como queria que coisas insignificantes fossem de fato insignificantes. 
Mas vamos combinar que tem cada ser esquisito neste mundo, tem.

vou tomar um café.

14 de outubro de 2009

Estou prestes a morrer. Ou prestes a ser feliz.
Resolver algumas pendências só snao possíveis em iminente morte ou felicidade.

1 de outubro de 2009

28 de setembro de 2009

palavras nunca antes ditas. num esforço constante de arrebatar. ao passo que o tempo anda, vai ficando claro a impotência de um amor assim.

e perceber que o que significava tudo pode se dispersar no vento.
e pergunta o verdadeiro valor do que dói. 
faz o quê com a falta que faz? 
diz o quê pra vontade?
espera o quê de amanhã?
é um sentimento de vão que fica. um vão aberto, vazio. 
inútil.
e ainda assim, investiria mais sorrisos, mais bons sonhos, mais desejos.
porque não se explica bem querer. bem querer faz até coração em pedaços bater, fraco, mas bate.
e isso nunca vai se explicar. é fato. porém, apanhar do nada, por nada, sem quê nem pra quê, não faz querer menos bem o que se quer. ƒaz apenas doer em dobro.
foram palavras lindas as que produzi, pra explicar esse tudo em vc que nem eu sabia ter. palavras sentidas jogadas fora. 
Um ensaio para o silêncio que quero ser.

18 de setembro de 2009

для некоторой неизъяснимой причины, она имела сердце быть заключенным в турьму в той страсти, что было хорошо и неудачи в тоже время


om wat onverklaarbare reden, had zij het hart dat in die hartstocht wordt gevangengenomen, wat goed tezelfdertijd

pour une certaine raison inexplicable, elle a fait emprisonner le coeur dans cette passion, ce qui était bon et le mauvais en même temps

per una certa ragione inspiegabile, ha avuta il cuore incarcerato in quella passione, che cosa era buon e Male allo stesso tempo

for some inexplicable reason, she had the heart imprisoned in that passion, what was good and bad at the same time

por una cierta razón inexplicable, ella hizo el corazón encarcelar en esa pasión, cuál era bueno y malo al mismo tiempo

Por uma razão inexplicável, escolheu silenciá-lo. o que era mal vencia o bom. e experimentava uma nova tendência... parar de remar contra a maré.


16 de setembro de 2009

Passeando pelo blog do Canback, achei este que vai bem para o momento. Não tive dúvida, tomei emprestado. E faço delas as minhas...


Se vai tentar
siga em frente.

Senão, nem começe!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.
Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...
A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.

Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.
*Charles Bukowski

11 de setembro de 2009

"pão com manteiga e café antes de ir pra beira do mar". 

Sensação louca que tive agora. 
Acho que daria pra representar alguns sentimentos com essa frase.

8 de setembro de 2009

Musiquinha sem vergonha esta concebida por Zeca Baleiro e interpretadíssima pela Isabella Taviani aqui.

Mas... Não fui eu nem Deus, não foi você, não foi ninguém...

é a alegria do malandro. Todos temos um, né.
é nessa hora que eu choro? ou dou risada?

2 de setembro de 2009

Se matava lentamente sem perceber. Jurando que não enfiaria uma faca no peito, dava a cara a tapa diariamente, e ia se enganando. Achando que nao fazia mal morrer devagar.

1 de setembro de 2009

Isabella Taviani _novo CD

Tá absolutamente linda esta música e todo o projeto da Isabella Taviani. A coisa toda de se expor naturalmente, dividindo com as passoas os processos, os dias, o trabalho, e nnao só o produto é bem coerente com a pessoa que ela transparece no palco. É quase um "passa lá em casa".

Acho bacana isso, dá uma proximidade e faz o serviço da propaganda... é mídia original.
Gostei e me surpreendi desde a primeira vez que vi.

29 de agosto de 2009

Despertencer.

Já falei sobre isso por aqui?

Aceito interpretacões da expressão. Alguém se candidata a trocar?

28 de agosto de 2009

Zélia Duncan - Aberto

Esse clipe é muito bom. E eles são assim pra gente... e será por isso que quando a gente ama e faz tudo por alguém é chamado de cachorrinho?
Pois, quero ser cachorrinho sempre pra quem amo... Vou tentar manter o coração aberto pra você! Apesar dos pesares.... Apesar dos meus pensamentos, do perigo dos próximos momentos.

27 de agosto de 2009

Velentim ganhou o Prêmio ABRE. Posso me sentir especial hoje?




PRÊMIO ABRE DESIGN E EMBALAGEM
Ganhamos!!

Com um projeto lindo, que foi sofrido pra emplacar, mas eu acreditava tanto que insistimos. E deu certo. Fiquei feliz.

O Projeto Valentim foi criado em comemoração aos 60 anos do Grupo Pão de Açúcar. Um vinho e um espumante com o nome do fundador do grupo, falecido no ano passado. 
Já havia surgido milhões de opções de nomes, e nada.
Lendo a história do Grupo, onde seu Valentim dos Santos Diniz começou com uma pequenina padaria, etc etc, pensei: peraí... é óbvio que tem que ser Valentim.

Semanas convencendo quem devia ser convencido. 

e hoje chego aqui e um trofeuzinho confirmava que a gente tinha razão.
Incrível. parabêns pra nós, equipe ME da PA Publicidade.


26 de agosto de 2009

Marisa Monte - Você não serve pra mim (Roberto Carlos)

Adoro essa música, nem lembrava da versão Marisa,


O corpo vai continuar. Pernas andando pra frente, às vezes com passos atras.

Fazer o necessário. O esperado.
O coração não garanto mais.
Janelas abertas, ventilado. Mas só pra não mofar.
Mas vai seguir parado. Até...você voltar.
Ou ir, de vez. 
Daquele lado. Fica o que é teu.
E quem te deu.
Devotado.

24 de agosto de 2009

         acabei de passar pela situação mais bizarra dos últimos tempos, não sei se choro ou dou risada. estava eu fazendo xixi no banheiro feminino do Grupo Pão de Açúcar, onde supostamente eu trabalho... atendi o telefone e comecei a conversar, de repente ouço uma voz de mulher insuportável dizer: aiii tem um cara aqui. Então, alguém bate na porta de onde estou, eu digo: oi. E um cara diz: só pra te avisar que vc ta no banheiro feminino. fiquei chocada. e só consegui responder: nossa que bom! porque eu sou uma menina. 

        é mole??? como pode uma louca histérica fazer isso?? As pessoas perderam a noção das coisas.

       Não seria muito mais fácil ela perguntar antes de ter um surto? E se fosse um homem?

      Será que vale um processo? risos

 

16 de agosto de 2009

Pula na tela, entrou.
Pula aqui dentro, saiu.
Já não pula ao alcance dos olhos, pra não doer.
Pula pula, entra e sai. Tatuagem no coração.
A cada pulo, a respiração suspensa.
E o silêncio...
E a falta...
E pula novamente. À minha frente.
Entrou.
Quisera eu, nunca saísse. Não assim, batendo porta, pulando frase, pisando o tempo.
Saiu.
Sem aviso.
Pulando por aí.
Num pulo, esqueceu.
Engulo. Fecho os olhos. Pulo o pensamento insistente.
Aí, indiferente
Aqui, é diferente.

14 de agosto de 2009

um lugar todinho meu... pra vc me ver..e dar um oi...e


13 de agosto de 2009

Estar bem com o mundo é reflexo de estar bem um com o outro. Ou seja...

12 de agosto de 2009

Tento concentrar-me… o assunto à minha frente desvia minha atenção, de repente, ao lado…(telefone toca)

É claro que eu não posso ligar pro Camilo, por isso pedi pra você…. Eu tenho dois exames aí com vocês e eu gostaria de saber quando…. Nós assuminos o erro, mas passou por todos e ninguém viunão podemoseu disse pra você pegar esses cartões… eles marcam a coleta juntocom os exames…(telefone toca)... e os ovos? (e eu la sei de ovos).

Imunidade a interferência externa na casa do ZERO. Tento o teletransporte para uma praia, nada.. tento para um dos bons momentos com vc...nada...tento para uma dos maus momentos.... nada (concluo: caso sério)

Longo silêncio, minha cabeça flutua. volto ao texto em minha tela, esperando ser pensado, digitado...

Um saco de pipoca passa na minha frente, não quero peloamordedeus.... a conversação continua... cada vez mais alto.

e aquela dor de saudade que eu tava sentindo... dando o tom a esse carnaval, como um surdo, marcando o início da bateria...

Não posso mais continuar aqui... mas e as contas?

no fim, a conta é minha, a dívida é minha...

... e saudade que dói? ha, tens alguma dúvida? 

minha


11 de agosto de 2009

KD Lang - Constant Craving

Este é o tom desta manhã de terça-feira, semichuvosa, quando telefones celulares evidenciam que minha ausência é aceitável.

10 de agosto de 2009

"Sou perfeita porque, igualzinha a você, eu não presto... 

Sou bandida, sou solta na vida e sob medida pros carinhos teus...
Se você crê em Deus, encaminhe pros céus uma prece. 
E agradeça ao Senhor, você tem o amor que merece."

Gosto tanto.

8 de agosto de 2009

Comecei hoje nova empreitada. Posts em áudio no bloguinho.
Chea de Limons com Gengibre tem um playerzinho aí do lado pra gente ficar mais perto, mais vivo, mais ao vivo.
Se clicar na setinha, abre a lista dos posts. É só ouvir...
Espero produzir coisas boas, pra todo mundo gostar. Ainda que o mundo de leitores-agora-ouvintes ainda seja pequeno. Coisa boa é feita pra pouca gente mesmo.
fui

7 de agosto de 2009

Meu deus... não consigo trabalhar. Uns 15 textos de Barbie 3 Mosqueteiras pra escrever... e nada. Sento e levanto, tomo café. to vazia. ao mesmo tempo cheia. e fico aqui em estado catatônico clicando em tudo que é pop up que aparece, mas na folha branca do word nada acontece.

O tempo passando. O prazo era hoje. Era. Porque de hoje, eu acho que não espero mais nada.

A salinha 4x20 nos deixa em estado angustiante. O meninos cantam, eu falo besteira, alguém come pipoca sem parar. Parecemos bichos atordoados recém-chegados ao zoológico.

Venho escrever, pq isso eu consigo ainda, bem pouquinho. Não requer organização. 
Uma Ritalina resolveria?? é isso? conseguir focar a atenção em uma única coisa de cada vez.
não consigo. 
a voz das pessoas interfere no que penso. de tal maneira que me inquieta... 
isso é confinamento? 
E o sentimento de decepção que reside em mim... torna-se meu amigo.
Sinto que fiz tudo errado. Mesmo que saiba que se fizesse tudo certo, ainda assim seria errado, 
Misturo canais internos. Falo nada com coisa nenhuma. 
A ferramenta que me deram para me expressar não está decodificando o que penso.
Game over.

Mea culpa, meia culpa

impressiona a falta do que dizer
quando se esgotaram os motivos

você fez tudo o que podia
mas ainda assim errou?
importa só uma resposta
o coração mandou?

talvez tudo o que quisesse dizer era: eu me importo.

Queria colocar uma foto aqui. Uma que disseste tudo por mim. Procurei. Mas não sei se alguma delas consegue definir o estado conclusivo em que estou.


Penso nas ondas em meu estômago. Ondas de quem descobriu que às vezes simplesmente não se pode. Não se pode ter, não se pode ser, não se pode esperar. Não se pode falar a quem não quer ouvir.
O que acontece quando a vontade se transforma em lamento?
Lamento não ter deixado de dizer. Lamento você não ter ouvido. Lamento esse momento ter se perdido. 
às vezes, lamentamosos excessos, outras, a falta. E a tristeza deixou de ser. E lamentamos.

Porque há momentos em que apenas entendemos que há coisas que não coexistem. Pessoas que se gostam, mas ao se juntar, provocam revolução uma na outra. É a overafinidade, misturam-se tanto que se anulam. E nnao basta apenas um perceber. Se não forem os dois, alguém estará sozinho sempre.
É quando você percebe que precisa se despir da roupa que mais gosta. Porque ela não lhe caiu bem. Ainda assim, vai guardá-la na melhor gaveta. Ora dessas, o corpo muda.
E aceitar isso talvez seja o pulo para a próxima fase.

26 de julho de 2009

"Três pratos de trigo para três tristes tigrinhos"
Lembro dele dizendo esta frase repetidamente, durantes 3 ou 4 temporadas do espetáculo que dividimos pela primeira vez. Ouço, como se fosse ontem.
E ainda não acredito que não existe mais, meu amigo de tantos anos, qua há tanto tempo já não via mesmo estando na quadra de trás.
De lá pra cá, foram 16 anos. Foi meu filho em Champanhe para Mãe Tuda. Lembra? Depois dividimos noites nas Noites em Saigon. Outras tantas leituras e palcos sonhados. Há uns dois anos, chegamos a planejar um reencontro dramático. Não se consumou. E seguiu-se um jantar na casa nova, um café num fim de tarde, uma ajuda informática... e no último aniversário, um desencontro.
Um dia, lá no início de tudo, ele me pegou pela mão e disse: tens que fazer essa peça, porque tu é boa. E me levou. Acho que foi o primeiro que acreditou em mim, no palco. E me ensinava nos seus silêncios. Era extremo em tuto que fazia de arte. E era incrivelmente bom. Por um único motivo: acreditava naquilo.
Meu amigo Mateus. Me deu a Mateusa, uma bruxinha que me acompanhou por anos. Me deu cartas lindas com sua letra tão sua que nem precisavam ser assinadas. Ele escrevia em papéis de pão, sempre que sentia vontade de dizer que amava alguém. Guardo-as até hoje.
Tropeçou na mesma pedra que eu, a autodescrença.
E não deu tempo de tentar de novo.
Doce e branco. Branquinho. Foi soldado na vida real, literalmente.
Não dei tchau. pelo mesmo desencontro do aniversário.
Mas te aplaudi todos os dias em que lembrava de ti.
E se a cortina se abrir outra vez pra mim, será por ti que farei alguém rir.
De pé.

24 de julho de 2009

niverElen

30 de junho de 2009

Mamãe tenta convencer que nada deve doer tanto

Amigos seguram as pontas
do jeito que podem, do jeito que dá
Madonna canta Cherish
pra lembrar coisas boas

E passaram cola na minha mágoa
pregaram um inconformismo aqui

acho que o que define algumas tristezas é  

I'll Always cherish 

24 de junho de 2009

"Existe apenas o que dizemos que sim. Esta decisão usada o tempo todo em filmes infantis em uma vã tentativa de manter a capacidade de crer em si mesmo durante uma posterior vida adulta é verdade absoluta. Por mais tolo que pareça. O que tu não acredita, uma hora deixa de existir, some, vira triângulo das bermudas d’alma e não mais"  Cristiane Lisbôa

1 de junho de 2009

Eu não tenho calma ou paciência.

Não consigo esperar lágrimas secarem, nem dores cessarem.
Evito dores ao máximo, enquanto promovo automachucados.

Eu tenho uma pressa de não sei o quê.
E corro contra um tempo que não é meu.
Atropelo minhas próprias pernas.

não sei esperar. eu quero esperar. me espera?

Percebeu que a cada corte profundo, uma tragédia aérea acontecia. Para lembrar que vidas se acabam num segundo? 

Pensou em sumir, acreditando poder salvar os próximos passageiros da sua vida.
E lembrou o que já sabia: conduzia amores para vidas melhores. 
Chorou, soluçadamente, sua não permanência. 
Ela era o percurso, não o destino.

30 de maio de 2009

Se matava lentamente sem perceber. Jurando que não enfiaria uma faca no peito, dava a cara a tapa diariamente, e ia se enganando. Achando que nao fazia mal morrer devagar.

29 de maio de 2009

Você se sente lutando contra tudo por um nada tão absoluto que somente você mesmo não percebeu.

Se corrompe nos seus maiores princípios de vida por algo que sente entre a boca do estômago e o coração. Se desrespeita e eventualmente desrespeita pessoas as quais ama. Por que mesmo?
Ah, sim, por achar que merece um algo que ninguém disse exatamente que você merecia.
neste momento, você está se dando muita importância. Ou dando importância demais a alguém que não te dá. E, ao mesmo tempo, se tornando um ser abominável mesmo para aqueles que o têm no mais alto grau de amor.

É um autoabandono, pois você começa a viver pelas regras erradas. Deixa as suas de lado, e neste momento sua mãe deve pensar (se soubesse disso tudo): o que esta criatura está fazendo com tudo aquilo que demorei anos para ensinar?
Decepção mundial. Mas nada comparada à decepção interna. 

é a devantagem de ser curvilínia demais. Quando se tropeça e cai, se sai rolando morro abaixo sem parar.

às vezes penso que não há volta, ou pelo menos não enxergo o caminho por onde vim. 
Será que isso é o tal trilhar a estrada? Se for, cara, peguei o mapa errado.
Esse caminho nnao está indo para onde aquela placa indicava.
Aquela lá atrás, onde eu li: Siga seu coração.

E Clarence "Frogman" Henry canta I Don't Know Why... But I Do

Aquele cara vestido de vermelho sentado no seu ombro diz: Se mata e começa de novo.
O de azul retruca: Balela, se fizer isso vai se foder mais ainda.
E você no meio, pensa, consigo mesmo pra não levantar suspeitas: vou matar os dois e seguir sozinha. Já fui bem melhor que isso.

27 de maio de 2009

Horóscopos são mentira. Biscoitos da sorte também.

Quando alguém te diz que tudo vai ficar bem, não acredite. É mentira.
Um bonequinho sorrindo não significa que vale a pena sorrir.
Porque no fundo, as coisas são por um fio. Único e frágil fio, como a teia de uma aranha, que até parece resistente, mas... não é.

Errar é humano? mentira. É desumano. O julgamento é desumano.
Tolere os erros alheios, numa tentativa de ser justo. Mas não espere ser tolerado. não, definitivamente, não espere. 
Nenhum gesto de amor seu sobreviverá ao menor equívoco. Tenha por certo.
E se você não suportar, desapareça, amanhã o sol vai nascer independente da sua presença.

E quando alguém te disser que você é incrível, duvide. Estão apenas tentando te fazer se sentir melhor. A verdade é bem mais dura que isso, anjinho.

Não erre, não erre, não erre por nada deste mundo. Quanto menor o erro, maior o preço.
Erro bobo é coisa de principiante... merece punição dobrada.

5 de maio de 2009

I suposed to be _ _ _ _ _ , but I'm not.

As luzes daqui da sala estiveram apagadas o dia inteiro. Eu tenho desejado por isso há muito. Detesto lâmpadas corporativas como se fossem bifes de fígado. Meus olhos ardem, vejo pontinhos pretos a partir das 3 da tarde e confesso, o escuro me atrai. Me deixa menos qualquer coisa ruim que eu esteja sentindo.
Concluí que não sou nada. E na categoria de nada, posso voltar a querer ser tudo, exatamente como quando tinha uns 12 anos. Fui fazer aula de teatro no colégio, e foi lá que me apaixonei pelo escuro (sem sacanagem).
Ficava sentada horas na platéia vazia. Sentindo o cheiro do chão e das paredes. Sim, teatros têm cheiros específicos. Cheiros de histórias. Cheiros de transformações. E às vezes, cheiros de gente perfumada que passou por ali também.
Sempre me encantou que cada espetáculo, logo que começava, exalava um perfume próprio, que vinha diretamente do palco.
Vários diferentes, mas em algum momento, todos se pareciam. Viraram minha referência de fantasia.
E mesmo que durante os 10 anos seguintes aquela fantasia fosse minha plena realidade, a de ser várias coisas ao mesmo tempo, ainda confundo as duas coisas.
É a atmosfera que me comove, e me ganha sobre qualquer coisa na vida.
Estar ali, na platéia, no palco, na cabine ou onde ninguém sabe, muda minha perspectiva. Enche imediatamente o meu peito de bolhas de sabão. 
Lembrei disso pelo escuro. Que ganhou essa colorida referência na minha vida. Diz minha mãe que desde sempre gostei dele.
Assim como chuva, dia nublado, noite, fim de semana, viagens e metrô. Onde todos parecem se transformar na mesma coisa: nada muito específico. 
Me gusta.



22 de abril de 2009

Daqui do meio não se vê muito.

Diariamente meio cá, meio lá, escrevia.
Deixava recados em caixas-postais desconhecidas.
Alou, precisava falar com você, mas já que não está disponível, deixo dito.
Desligava e se perguntava se era válido perder algo importante que tinha, mas não conseguia ter por inteiro por causa de algo que não tinha, mas não conseguia não ter por inteiro.
E percebeu que de repente, se perdesse o que tinha, conseguiria enfim perder o que não tinha.
E poderia em paz ser capaz de possuir e cuidar... de um nada 100% quitado.

Abriu a janela, sentiu o vento e pensou em voar. Mas estava sem saldo com Deus pra pagar a passagem.

27 de março de 2009

Alguém Que Te Faz Sorrir

Nunca imaginei que fosse gostar disso. Um dia prestei atenção, achei bonitinho. (só pra embalar)

26 de março de 2009

carta sobre como vão as coisas - a quem possa interessar- deste planeta ou de outros

Não sei onde isso começou, mas noto uma falta de afinidade com o estado de consciência conhecido como "feliz" pela minha pessoa.

Se meu analista existisse, diria que cheguei ao nó. E agora vem a caminhada para desfazê-lo.
O trem das coisas marcha lenta, mas continuamente, em frente. Nas últimas 48 horas, tudo corre bem. Nenhum conflito de ordem prática ou existencial. E deve ser esta a razão de uma angústia ansiosa em meu peito 48.
Não posso dizer que estou feliz, pois algumas coisas não estão como tanto queria. Mas estou calma, em relação a quase tudo. E isso me desespera.
O estado de tormenta me acostumou mal. Não reconheço mais manhãs acordadas sem dor no estômago. Hoje não tenho motivo pra querer sumir. Mesmo que ainda queira experimentar essa sensação de testar a "quem" faria falta.
Ao passo que gosto disso, me assusta. Aprendi a existir em estado de tensão.
E isso faz com que meu período de paz interna seja gasto esperando a tensão voltar.

Alcançado o ponto de reconhecimento, segue uma minipréconclusão.

Talvez o bicho seja menos feio do que parece e ainda não tenha percebido que "com muito esforço interno", consegui conformar meu coração. Gosto da situação confortável, mesmo que meu lado rebelde se pergunte se é assim que quero viver.

Meu amor (todos eles, inclusive o próprio) transcendeu. E acho que pode ser a prova da vida após a morte.
Só me vem uma palavra neste momento: Etéreo.
É como continuar existindo tão vivo e forte como nunca, mas sem imaginar o que vai ser.
Quero passar uns tempos assim, sem esperar nada de coisa nenhuma nem ninguém.
Tenho tomado gosto por essa coisa de viver o momento em vez de planejar o amanhã, mesmo que demore pra me reconhecer.
E viver mesmo, de fato, ao extremo. Se vai dar certo, não sei.
O importante é que vou (ops, vai) dar.
Levantei bandeira branca para o que faz diferença na minha vida, para o que e quem mexe no meu coração, e por que não, no meu corpinho.
Vou ser eu por uns tempos tá?
Uma eu que, encantando ou não, vai fazer mais bem a quem amo.
No bilhete na porta está escrito: Entre e saia todas as vezes que sentir vontade de estar comigo. Mas não deixe de entrar!
A única coisa que posso garantir é que "vai ser muito, muito bom". Por um único motivo:
Dei férias pro amanhã, ah, e demiti o por quê!
 

16 de março de 2009

Acho que hoje vou sonhar com o demônio, de tanto feijão que comi.

Mas, pra quem um dia botou o pacote de louro todo no pretinho, fazer o melhor feijãozinho do mundo como eu mesminha fiz hoje, tá lindo!

Ainda estou sob o efeito Ney. Foi tão lindo o presente de aniversário que ganhei do amigo. Depois de algumas turbulências existenciais, ter ficado frente àquela luz incrível, me trouxe meu mundo, que teimo em afastar de mim. Ney canta, e é impressionante como cada palavra naquela voz toca no fundo da gente. Mesmo gente sem fundo como eu.

E pensar que a GPSca nos fez parar no Sesc Interlagos em vez do Citibank hall e quase chegamos atrasados. Detalhes bem pequenos.

Amanhã estou voltando pro mundo após uma longa jornada estrada afora. E mim adentro.

Oi demônio, resolveste aparecer antes de eu dormir? Estou tendo visões. feijolucinações. Pode vir quente que sou mais feia que tu.

Melhor ir pro banho. Esta semana número 32 se apresentou a mim, sem muitas honras, mas reclamando seu espaço.

Nunca mais quero ouvir falar em feijão.

P.S.: Meus sapatos têm areia, minha boca tem saudade, minha alma tá em silêncio e meu coração ainda leva o mesmo conteúdo. Repaginado. E talvez mais bonito. Porque dizem que o sal da lágrima é verniz pro amor. (quem diz sou eu, mas valoriza atribuir o ditado ao popular).

boa sorte, boa noite

26 de fevereiro de 2009

15 horas de calor, chuva, congestionamento. Mas tambem lugares lindos, chuva e sol na serra, sol e chuva na planicie.

Dois tercos da viagem percorridos e quase me virei do avesso de tanto passar mal. Agua na cabeca e a mao santa daquele que estava ali do lado fizeram tudo melhorar. E mais chuva, porque ter essa imagem bem no meio das pernas nao eh de graca, diz o Cara la de cima. Ta pensando que eh facil assim?

Mas valeu, eh assim que quero estar. Podia ser melhor? Podia. Mas, ta bon, ta bon, ta bon.

Floripa 22fev09

13 de fevereiro de 2009

11 de fevereiro de 2009

Sempre que ouço a Monica me pergunto o que ela tá fazendo que não explodindo nas rádios daqui... orgulho.

Pelo menos uma coisa consegui adiquirir dos 31 para os 32 anos: convencer-me de só fazer questão das pessoas que fazem questão de mim. O resto é em silêncio.

9 de fevereiro de 2009

Hoje queria ouvir alguém dizer "Deixa que resolvo isso pra você" ou "Eu te levo pra casa".

6 de fevereiro de 2009

Stefhany - Novo Sucesso

Eu vou virar fã da Stefhany. Será que as vendas de Crossfox aumentaram?

4 de fevereiro de 2009

Valmir e Josy ou Britney e Madonna?? Ui

Arrasô

Baleias morrem em Bali, encalhadas. Pequenininhas.

Obama já começou dividindo a opinião pública e reconhecendo "errinhos".
O dia começou com cara de praia e está se encaminhando para o final com cara de inverno nórdico.
Minhas unhas crescem. E eu deixo.
Não há mais o que ser falado, tudo foi dito e ecoou num silêncio.
Saudade do abraço loiro. De afundar no sofá bege da sala e dormir segura, com tv ligada e acordar com um misterioso edredon nos pés.
Saudade de Didio e Jodjot tomando café na cozinha.
Saudade de dentro mim, de onde eu jamais deveria ter saído.
E uma vergonha própria imensa. Por acreditar que todos nós no fundo somos feitos da mesma coisa. 
Não somos, definitivamente.
Orgulho do amigo, consciente de si mesmo e de nós ao entorno.
Agradecida pelas 3 lindas companhias noturnas. 
E talvez Deus realmente tenha posto a mão embaixo de mim. Eu que não vi.
É assim que é. A pobreza de espírito alheio consumiu meu vasto vocabulário.
E, segundo a amiga, "gente má existe sim, me acredita agora?"
Honestamente? 
Má sou eu. Aliás, eu sou monstruosa.

27 de janeiro de 2009

É muito rápido. De um minuto para o outro, de repente, como se o chão saísse debaixo dos pés. O que até 1 minuto atrás estava tranquilo e certo perde todo o sentido.

Não sei se consigo explicar muito além disso, mas reportar essa sensação faz parte de tentar entende-la.
Aconteceu agorinha. É como se uma prateleira interna estivesse sendo arrumada. Os livros lado a lado, alguns objetinhos, canetas de um lado, dois porta-retratos do outro. Você para de arrumar, dá dois passos pra trás e admira como ficou. Orgulha-se, até. Uma sensação de sentimentos nos seus lugares toma conta de você. Consegue respirar e sentir-se calma. Até ter pensamentos otimistas e satisfeitos consigo mesma. Lembra das coisas que acredita e de onde veio e pra onde vai. Imagina os dias vindouros e tudo bem. (depois que isso acontece duas ou mais vezes, neste estágio rola uma pequena angústia, pois sabe que a qualquer momento isso pode mudar, então você fica tentando guardar essa sensação, repetindo ela em sua cabeça)

Do nada (ou melhor, eu ainda não consegui identificar um agente), é como se um tremor de terra balançasse tudo, por segundos. E está tudo desarrumado de novo. O sentido das coisas se perde, os livros caíram no chão, um pequeno sentimento de derrota (seja lá do que). O peito imediatamente aperta e vem a sensação que eu nomeei "infelicidade". É um "falta-alguma-coisa" sem explicação.
Naturalmente, você tenta relacionar a alguma coisa que te incomode ou entristeça no momento (no meu caso alguma pessoa, ou situação, pois são o que mexe comigo, mas as opções são inúmeras), e me pergunto se isso não é apenas uma necessidade de relacionar sentimentos.

Talvez não tenha nada a ver com o fato identificado como causador, e ele esteja sendo apenas um bode espiatório para uma imcompletude sua.

Esses períodos de "desordem" costumam durar mais que os de "ordem", e justamente por isso, intensificam o prazer do período de ordem, que poderia quase comparar a um estado de euforia, um pouquinho menos talvez.

Segunda dúvida: apesar de agustiante, estressante, será que nos tornamos dependentes destes loopings de montanha-russa internos?

É, talvez todos se sintam assim em algum momento da vida, e acho que este tem sido o meu.

Um segundo de silêncio... e penso: que bom pela primeira vez pegar esse monstro com a cara na porta e descrever seu focinho. 

26 de janeiro de 2009

Pudesse voltar. Desfazer ou impedir tranformações na alma. Marcas.

Fingir que ainda é aquela. Fingir que o tempo andou mas não trouxe algumas ondas, até é possível. Mas não vai se retransformar. O estrago ou o ganho está feito. Pode-se tentar esquecer que viveu, mas o resultado do que viveu não tem como apagar. Pois é, cherie.
Tem dias que pensa como queria voltar a fita um pouquinho que fosse. Mas só serviria para rever as cenas. 
E era tão eu. O ar que entrava ao inspirar fazia seu percurso sem obstáculos. E depois saía. Hoje vai sempre no engasgo. 
Amputada. 
Antes, olhava pra frente.
Hoje, lamenta.
E como seguir em frente? Agora que aqui por dentro não me pareço mais tanto comigo mesma.
Um corte separou o peito em dois. E embora construa pontezinhas que levem um lado ao outro, sabe-se que há um vazio passando no meio. 

Só queria desviver.

E agora, José? 
E agora, João? 
E agora, Maria? 
E agora, alguém?

23 de janeiro de 2009

Olha, é raro mas acontece. Utilidade pública pra acompanhar o café.


www.gengibre.com.br

A carência, e ao mesmo tempo a incapacidade de comunicação física, acaba de ganhar mais uma ferramenta. 
Um site pra onde você liga e fala, o que quiser. De cara me lembrei do CVV. Lembra? "Se você precisa falar, nós te ouvimos".
Dei uma rápida ouvida e percebi que funciona como os scraps do Orkut, mas não posso negar, como boa admiradora da internet, que achei bem interessante.
Por exemplo, você pode deixar recados culturais, compartilhar pensamentos, conversar com as outras almas solitárias ou evitar besteiras grandiosas, se antes de ligar pro seu amorzinho falando um monte, der uma desabafada por lá.
Ou quem sabe dar uma folga pros seus amigos, que não aguentam mais os mesmos assuntos que você repete sem parar.
Mas o mais legal, e o que me fez me cadastrar (claro, vc acha que eu ia perder essa?), é a possibilidade de comunicar qualquer coisa, inclusive algum talento, de forma espontânea. E melhor, sempre vai ter alguém pra ouvir e até comentar.

Vale dar uma olhada, ops, ouvida. 

22 de janeiro de 2009

Ainda tem hora do Brasil??

16 de janeiro de 2009

"Um copo d'água e um boquete não se nega a ninguém" - Velha Puta - personagem de Chico Anysio


será, heim?

13 de janeiro de 2009

As pessoas a amam. Tanto que dão de graça carinhos que muitos precisam negociar.

A dor na nuca persiste há dias, mas ontem foi torturante. 2 comprimidos branquinhos e 1 marronzinho, e 4h da manhã é possível sentir os olhos pesando, enfim, com todo aquele calor que só passava quando encostava as costas na parede fria.
E pensava: "não vou acordar".
Oito horas e a água quente do chuveiro prometia aliviar um pouco a dor que a essa altura também já tinha acordado.

Justificando o amor gratuito recebido, no final da manhã, aproximam-se e num tom delicadamente autoritário, e ouve: "vou te fazer uma massagem".
Nasceu incapaz de recusar qualquer coisa que se disponha a lhe apalpar, afofar e assemelhados, portanto, sorriu e ajeitou a cadeira.

Enquanto era agraciada, com um cuidado maternal, sentia uma culpa de estar recebendo aquilo assim, de graça, de carinho, de... sei lá. Em vez de relaxar, fica mais tensa nessas horas.

Foi rápido. Dez minutos, e no fim, deram-lhe um abraço, como se agradecessem. 
E lhe veio essa coisa do carinho gratuito, quando alguém se sente bem em fazer bem a você.

É privilegiada no mundo, porque muitas pessoas a sua volta dão o que ela nem espera.
Mas se xinga todo dia à noite por não precisar unicamente desse amor.
Ela precisa do que não tem. Ou acredita nisso.
E fica na frente da vitrine admirando o objeto de desejo.
Sem preceber que, na verdade, queria ela estar atrás daquele vidro.

12 de janeiro de 2009

Ainda não consegui publicar meu primeiro post do ano.

Talvez porque ele esteja demasiadamente honesto. Mas está escrito, guardado.
Até que esteja pronto para existir publicamente, revivo um momento passado tão especial através do site da Simples?, revista tão querida. Olha o que eles publicaram no fim de semana:


Amigos,

Deixo este café onde passei páginas. Agradeço a todas as pessoas que pensam, sonham, fantasiam e transformam, sozinhas, a ficção. Aos mistérios, aos crimes bárbaros imaginários e às palavras nunca dialogadas. Saio daqui e permaneço imperceptível em meu silêncio de expressos. Abandono o tempo, os pontos de ônibus e os transeuntes esquizofrênicos que cruzaram a calçada ao lado. 

Que todos os meus pensamentos fragmentados relatem apenas alguém, ou alguéns, que passou ou passaram por aqui, deixando rastros de xícaras e pratos. Torço pelos que refletem caminhando e que, ao piscar, colorem a monotonia. Que todos vivam como pensem e ajam como queiram, sem julgamentos ou conceitos inventados. 

Que um dia em um café tenha significado de espera, de ação, de nova espera, de nova ação. Que as formigas não comam todo o açúcar do mundo e que os esperançosos ganhem ensaios enaltecedores.  

Se algo renascer do que é tão sombrio, já valeu contar meus medos e sentimentos insuspeitos. Só espero que as idéias individuais sejam preservadas e que não formem movimentos regrados, datados, vazios. Por mais que você lute, sempre existirão séculos em que as palavras eram mais bonitas. Lembre-se dos minutos em que as emoções lhe sufocaram e das festas-supresa organizadas pelos melhores amigos. 

Às vezes, ouvir a mesa ao lado é mais valioso do que dizer algo. E, se você não tiver nada para escrever, grave suas falas enquanto dorme. Ainda sugiro um bom café e um croissant de ricota. Não esqueça de pagar a conta! 


A propósito, nem disse meu nome..



Parte integrante do livro “Resoluções” de 
Ademir Corrêa e Lidia Paula Sahagoff, publicado pela Editora Finaflor em uma noite de chuva, com os escritores vestidos de coelho de festa de criança pobre.