playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

25 de maio de 2007

Coisas insólitas acontecendo no reino do café com crime. Aliás crime demais pra café pequeno.
conto em breve.

15 de maio de 2007

E assim se (des)fez a luz no fim do túnel.
Quem disse que só você erra? Pode parar de acreditar nisso, está desfeito.
Um dia, ela te acusa de ser infiel, nunca fostes, nunca pensou em ser. Ou pensou, mas não foi. E isso é que vale. Passa um, passam dois, e lá vem ela dizendo que não pôde evitar.
De fato não pôde. Ninguém pode. Sabes bem disso, melhor que muitos.
E o caminho de ir em busca de respostas é longo. Te guia até o centro, mas no centro não há nada. O assunto se desfaz. Ela podia e evitou. Te evitou. Te pediu pra ficar mais para lá. Um passo para trás, dois. Muitos depois, estás sozinha. Não mais enxerga a sombra. Menos ainda a luz.
Aquele ponto brilhante que devia estar vindo se foi. Apagou. Quem soprou? Quem soprou tem lábios mais preparados? Melhor fôlego? Tem uma brisa que acompanha e que você já não transmite mais. Esse alguém, da luz, pediu para entrar? Vai saber. Pedindo ou não, ela abriu a porta. Pois bem, portas abertas. Olhos fechados. E só se vê o vulto da sua cor indo embora. Que ela não te peça para ficar. Porque agora não é possível ficar parada.
São dois pontos que vêm e vão. Afastam-se. Separam-se. É assim que deve ser, pelo menos até que se desprendam e possam pontuar outros caminhos.

12 de maio de 2007

teoria do esculhambo e enxotamento

Metade da semana de fechamento e descemos para fumar. Antes, paramos no segundo andar para descobrir de onde vinha aquele cheiro atordoantemente forte que alcançava o décimo primeiro. A porta abre e basta uma respirada profunda pra identificarmos a colocação do carpete com a fatídica cola de sapateiro.

Irresistível dar mais umas três fungadas... O suficiente para desencadear o diálogo:

Quem enxota esculhamba?

Não, quem enxota pode esculhambar, mas nem sempre esculhamba.

Mas quem esculhamba nem sempre pode enxotar né?

É, mas quem esculhamba e pode enxotar, com certeza enxota.

E suas derivações.

Dias depois, uma contribuição de uma terceira amiga...

Ta, mas às vezes, quem esculhamba fica enfezado.

Santa cola!

10 de maio de 2007

Quem é você?? Assim, com os dois “??”.

Eu? Sou esta que fica bamba quando te vê. Era isso que eu tinha que responder. Sem meias palavras, sem receios. Sou esta que muda o horário de tudo pra ter um pouco de ti, uma olhadinha, quase não o bastante para satisfazer o frio aqui dentro. E você segue, sozinha, certeira. Devia vir certeira até mim. E vem, como uma bala.

Agora já não consigo mais esconder esse sorriso ridículo que aparece no meu rosto toda vez que você vira a esquina e vem caminhando, passos largos, como pra quem não existe relógio. O tempo é teu. Faça ele parar. Por favor. É um pequeno pedido para um desejo tão grande, de te ver passar. E quando parar, se o for, dê-me um sorriso, diga um olá. E eu te dou a mão e o sorriso ridículo já nem é mais ridículo, apenas por ser retribuído. Ah, benditos sejam os ridículos. Que sorriem por alguém. Este sorriso aqui é teu, dado de graça. E você vai sumindo aos poucos à medida que o vidro acaba. Passou. Agora só daqui uma hora, quando você voltar. Aproveito e corro, pouco, ainda não suporto muito. Volto a caminhar, pra lugar nenhum, mas decidida a chegar. E a certeza de que vou chegar te traz de volta. Lá vem você. E esse tempo longo que te acompanha. Mas pra mim é tão rápido, mal consigo pegar os detalhes do que me faz te admirar. Tempo, tempo, tempo. Uma Alice no meio do nada, fico ali, elaborando tua passagem pelo meu mundo. Se foi. Agora, só amanhã, com sorte.

Amanhã é sábado, vou dormir até segunda pra não sentir essas horas em vão.

O que será que você fez? Riu? Chorou? Viajou? Namorou? Beijou outro alguém que não eu?

Sei lá, nem quero saber. Sei que estás bem, suave novamente no meu caminho.

Embora pareça, ainda não sou louca. Que mal há em te querer? Só porque você não me quer? Você não sabe que me quer, ainda não passei pelo teu vidro como passas pelo meu.