playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

23 de dezembro de 2008


"Me lembra de mim, 
me lembra pra mim"


18 de dezembro de 2008

Seja indispensável para alguém, diz a tal sorte do dia.
Madonna exige manicures loiras e poliglotas.
Eu me pareço cada dia mais com meu buddy poke.
O peito dá um pequeno aperto ao fim da tarde.
Ouço músicas dor de cotovelo, e me pergunto pra quê mais?
Almoço feliz, com gente feliz.
Um bom vídeo na rede, vê lá: http://playingforchange.com/
Falo pelos cotovelos pra disfarçar um silêncio-luto interno.
e percebo estar atrasada... até am....

17 de dezembro de 2008

Nunca dou um serviço por aqui né. então aí vai um que achei, no mínimo, interessante.



dá pra saber se vai dar pra chegar lá com dez pilas. 

minha cabeça parece estar com vento dentro. Meu coração tá morando numa caixa de fósforos, mas uma caixa própria.

11 de dezembro de 2008

Dia a dia, tiraram-lhe coisas. O pai, o berço, o peito, as rodinhas da bicicleta, o colo, o primeiro lugar na fila...

O que sobrou ficou por dentro, e ora sai nas palavras, que são certeiras, mas nem sempre exatas. Fala por metáforas e não pretende que outros leiam exatamente o que escreveu, mas que possam enxergar todas as dimensões de uma única palavra combinada a outras. 
De alguma forma, tentam lhe tirar isso, o expressar-se, quando sentem necessidade de datá-la. 
Ainda que pichasse muros, invadisse casas, rabiscasse o coração alheio, talvez pudessem impedi-la, julgá-la ou culpá-la. Mas usa o rosto como papel e o próprio choro como tinta. E se ela entra em tua casa, foi porque a convidaste.
Palavras não derrubam portas, apenas abrem corações, se estes quiserem.
Leia o que ela escreve com os olhos abertos. Indague significados, mas não determine uma única causa.
Não queira enquadradar uma ebulição de sentimentos e sensações que não precisam ter nascente ou poente, apenas levantam possíveis "quem sabes".
Se leres com olhos fechados em si, provavelmente não te enxergarás aqui, muito menos a verá.
Nem toda carta tem um único destinatário.
Mas por vezes, uma carta especificamente endereçada deixa de chegar porque prestaram mais atenção ao remetente.

Metáforas, sim. Ela é assim. Eu sou assim.
Podem lhe tirar até a dignidade ao continuar pedindo perdão por me traíres. 
Só não podem querer lhe tirar a capacidade de sentir, e falar sobre isso, mesmo sem querer atingir nenhum alvo.

Não vais conseguir me ver se não quiser me enxergar.
Ela sou eu. E eu posso ser você...

9 de dezembro de 2008

Pela estrada afora, eu vou bem sozinha... três oportunidades ensolaradas e musicais de "let it go", mas Coragem, o cão covarde, me dominou. Os vales com rios e gramas verdinhas a perder de vista terminam descendo até o mar. Wow, Wow, Wow, ver-de-a-zul. 


Penso nos mortos. Não os que morreram, mas os mortos que todos temos e levamos na vida.
Tire a metacomparação e vai ver que sim, todos temos nossos mortos-vivos.
Pessoas que estiveram conosco e de repente viraram lembrança, às vezes lembrança tão presente que até dói. E o mais engraçado é que talvez esses "mortos", os vivos, sejam mais difíceis de acessar, porque na maioria das vezes não foi uma fatalidade que os levou, e sim uma escolha, uma vontade, uma incapacidade de ficar ou de os mantermos conosco.
Eles estão ali, ausentes-presentes, e precisamos tratá-los como se não estivessem mais no mundo para ignorar o quão simples seria querer tê-los de novo por perto.

Aos mortos-mortos ainda damos flores e homenagens. Dos mortos-vivos, escondemos nossa saudade.

E ainda não sei se manter morto um vivo é autoproteção ou uma puta perda de tempo e de amor.

2 de dezembro de 2008

"Sabe lá, o que é não ter e ter que ter pra dar", entoa Djavan na primeira música do dia. E fica viu. Há uma hora e pouquinhos, me vem essa frase, desde que ouvi pela manhã, comendo uma maçã. Embora muitos dispensem seu pouco apreço pelo moço, eu gosto. Gosto e admiro, e acho que já disse isso antes por aqui. Gosto do jeito como ele brinca com as palavras, colocando-as de forma que percam a forma e de repente, puf, todo sentido do mundo.


Ando ausente daqui. Não sei se não tenho o que dizer ou se estou preguiçosa. 
Ontem o céu estava especial, com uma ponta de lua e dois planetas. Fiquei lá parada, com Pingo e Valentina, olhando pra cima. Especialmente azul.
Não ter e ter que ter pra dar é...