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26 de março de 2009

carta sobre como vão as coisas - a quem possa interessar- deste planeta ou de outros

Não sei onde isso começou, mas noto uma falta de afinidade com o estado de consciência conhecido como "feliz" pela minha pessoa.

Se meu analista existisse, diria que cheguei ao nó. E agora vem a caminhada para desfazê-lo.
O trem das coisas marcha lenta, mas continuamente, em frente. Nas últimas 48 horas, tudo corre bem. Nenhum conflito de ordem prática ou existencial. E deve ser esta a razão de uma angústia ansiosa em meu peito 48.
Não posso dizer que estou feliz, pois algumas coisas não estão como tanto queria. Mas estou calma, em relação a quase tudo. E isso me desespera.
O estado de tormenta me acostumou mal. Não reconheço mais manhãs acordadas sem dor no estômago. Hoje não tenho motivo pra querer sumir. Mesmo que ainda queira experimentar essa sensação de testar a "quem" faria falta.
Ao passo que gosto disso, me assusta. Aprendi a existir em estado de tensão.
E isso faz com que meu período de paz interna seja gasto esperando a tensão voltar.

Alcançado o ponto de reconhecimento, segue uma minipréconclusão.

Talvez o bicho seja menos feio do que parece e ainda não tenha percebido que "com muito esforço interno", consegui conformar meu coração. Gosto da situação confortável, mesmo que meu lado rebelde se pergunte se é assim que quero viver.

Meu amor (todos eles, inclusive o próprio) transcendeu. E acho que pode ser a prova da vida após a morte.
Só me vem uma palavra neste momento: Etéreo.
É como continuar existindo tão vivo e forte como nunca, mas sem imaginar o que vai ser.
Quero passar uns tempos assim, sem esperar nada de coisa nenhuma nem ninguém.
Tenho tomado gosto por essa coisa de viver o momento em vez de planejar o amanhã, mesmo que demore pra me reconhecer.
E viver mesmo, de fato, ao extremo. Se vai dar certo, não sei.
O importante é que vou (ops, vai) dar.
Levantei bandeira branca para o que faz diferença na minha vida, para o que e quem mexe no meu coração, e por que não, no meu corpinho.
Vou ser eu por uns tempos tá?
Uma eu que, encantando ou não, vai fazer mais bem a quem amo.
No bilhete na porta está escrito: Entre e saia todas as vezes que sentir vontade de estar comigo. Mas não deixe de entrar!
A única coisa que posso garantir é que "vai ser muito, muito bom". Por um único motivo:
Dei férias pro amanhã, ah, e demiti o por quê!
 

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