A pequena suculenta murchou.
Olho as pétalas enrugadinhas, quase ressentidas pelo esquecimento.
Com a mão cheia de água, hidrato gota a gota a plantinha que me olha todo dia.
A absorção não é automática mas amanhã vai estar verde e gordinha, suculenta novamente.
Como ela, me sinto murchinha... E embora eu encha as mãos de boas coisas, não me hidratam.
Talvez quando a gente esteja murchinho, sem muito o que dar, precisando tanto receber, seja um momento de sentar no cantinho da sala, agachadinho, e ficar ali.
Durmo com a bochecha na parede, sonho com pessoas que não fazem o menor sentido. Sinto uma constante falta de uma vida que não existe mais, me deixo magoar por imagens publicadas, e lamento, profundamente, a decepção homeopática. Ainda seguro com as duas mãos o peito, pra não deixar que se vá, e fico puta da vida ao sentir que fico fraca a cada destempero. As mãos já seguram com menos força, mas ainda seguram.
Auto-açoite e não vou a nocaute... E quase me detesto por querer ser tão resistente.
2 comentários:
sabe, menina poeta, ser resistente às vezes não é bom, ainda mais quando se precisa de colo - ser resistente afasta potenciais colos.
e o que houve com a homeopatia? eu pediria pra você dar mais uma chance a ela, mas é porque eu amo a dita cuja e portanto sou bem parcial...
fique bem
beijocas
tks, my blogfriend...rs. nada nada contra a homeopatia...no caso me referi a doses lentas de decepções... mas tá tudo certo... dentro o roteiro do Cara. brigada por vir por aqui. beijoo
Postar um comentário