Há partes de mim pulverizadas por ai.
Sempre falta um pedaço.
Vou insistindo em juntá-los, buscando maneiras de estar inteira.
E um dia olhar pro lado e ver meu limite, ou o limite das minhas querências.
E não querer nada além da cerca que me conforta.
E não esperar ninguém chegar nem ninguém descobrir.
E não desejar os peludos, porque eles vão estar ali.
E quem sabe vou, então, caber em mim e no espaço que ocupo,
sem parecer que tem uma parte que não está aqui.
Se já vivo com meio coração, que este bata a contento, e saiba de si.
E que chore em dobro e ame em dobro, pra compensar a metade perdida.
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