e bebo confetti no copinho como um líquido milagroso, bolinha por bolinha, delicadamente descascada entre os lábios, que vão avermelhando-se, como que recebessem uma mordida tua.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
31 de julho de 2008
quando ele chegar
30 de julho de 2008
Presa do lado de fora. Olho para dentro e procuro a entrada por onde saí.
29 de julho de 2008
3 dias e meio de silêncio digital.
25 de julho de 2008
Good Morning Vietna, em plena tarde, 4h44 pm.
23 de julho de 2008
Prefere tropeçar nas pernas que nas palavras. Vem de longe sorrindo.
22 de julho de 2008
21 de julho de 2008
errastes Edna
Por que será que tenho sempre a impressão de estar na contramão, mesmo quando jurei ver alguém ao meu lado indo na mesma direção?
6h15 de uma manhã com sol frio.
18 de julho de 2008
da série Poesia InContida (o pior veto é a auto-censura)
Apiede-se.
17 de julho de 2008
E a saudade de só se preocupar com as coisas básicas da vida?
Encontrei Marta atrás de uma árvore. Escondía-se de si mesma. Pensava ela que jamais se procuraria num lugar assim, justamente por ser um lugar ridículo para uma mulher do seu tamanho, com aquelas roupas e visivelmente emotiva ficar.
16 de julho de 2008
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
15 de julho de 2008
Flip passa os dias nadando. E quando vem à superfície ver o sol, sonha um pouquinho.
10 de julho de 2008
Leio blogs desatualizados de amigos enquanto minha vida se atualiza de hora em hora (praticamente uma tele sena).
Pisco olhos e uma dúvida se sobrepõe a uma certeza, uma certeza empurra uma dúvida pra lá. E não posso simplesmente fechar a porta de mim mesma e ir embora. To aqui, como caramujo, que pra onde quer que vá, leva a casa nas costas.
8 de julho de 2008
7 de julho de 2008
Naquela noite de garganta engasgada, ela abre a mala, senta no chão e fica por horas olhando o coração.
Suspiros engolidos marcam a dor da perda. Perda de si mesma.
Havia uma esperança de sair inteira, mas percebe, ao ouvir as batidas espaçadas, que seu melhor pedaço estava sendo deixado. Era necessário. Não havia escolha, embora parecesse uma.
Era tarde. Sentia mais uma vez ser invisível, ser qualquer coisa.
Engole um seco dos que atentam sobre si próprios, e sabe que é o que deve ser feito, mesmo que quisesse com todas as forças o contrário.
Sem ajuda, sem amparo, sem cumplicidade, veta, em nome do amor próprio, às custas da morte do coraçào.
O desamor vem em tom de proposta. Que claramente declara.
Neste instante, prefere o silêncio da dor...
Cala. Chora. Espera.
Eu estou aqui, pensa, e ninguém viu, mais uma vez.
Meu silêncio é dor, nada além.
E pede: apenas me permita silenciar.
Apenas.
Um pedido.
Fecha a mala, deixa ele lá.
3 de julho de 2008
1 de julho de 2008
E eis que o "chefe" manda sua resposta. Acredito eu, em papel timbrado:
Êpa lá, revoltadinha da estrela!
Pensasse melhor antes de pedir para entrar no barco.
Aqui, não aceitamos devoluções, principalmente depois de quase meia vida de uso.
Tá pensando que se livra assim?
Entregamos o produto em perfeito estado de funcionamento, se tu não leu o manual, sentimos muito, mas rezaremos por ti.
E porque sou Pai, mas não sou pailhaço, chupa essa manga agora!
Engole a língua antes de falar nesse tom comigo, toma aí teu pedido de Revisão de Incompetência para Vida Prática atendido (lembre-se que tudo tem seu preço)
E de bônus celestial, to mandando o Te Responsabiliza pelo que Cativas pra você aprender a não blasfemar.
By the way, mandaram um recado lá de baixo: Não te queremos nem pintada de vermelho. Inferno que se preza não aceita gente que chora... (gargalhadas). Seja macho, mulher. (to tentando)
Tu é pai... e adora me desmoralizar, né.
De qualquer forma, fodeus que quis assim...
Agradicida, temporariamente.
(um raio, um vento, uma voz: e continua atrevida?)