Impossível fechar o olho. Retumbava na cabeça. Bom e ruim, claro, escuro, doce, amargo... Um solfejo de sensações.
Uma paz quase aterrorizante me tomava depois de ser sacudida e suavemente mandada embora.
"Mas não se aproxime de mim", foi a palavra de ordem.
Me transformei em uma caxumba. Ou uma dessas doenças infantis, das quais a gente protege os bebês.
Mas ok, deve valer a pena. O bebê em questão é daqueles fofinhos, de bochecha rosada, que sorri e faz biquinho. Aqueles que você vê e tem inveja da mãe, que pode apertar e dar beijinho na bochecha toda hora. E pensa: "quero pra mim".
A caxumba aqui pode fazer mal. Sim, porque o bebê jamais faria mal à caxumba, ela sabe disso.
Fábula à parte, o "não se aproxime de mim" ainda soa, ressoa, lampeja uma pergunta.
6h57 da manhã, e nada de apagar. A cabeça vazia de tanto pra entender. Não tem problema, não precisa entender... só sente. Sente que pela primeira vez, viu o que havia debaixo da armadura. E foi lindo.
A proposta era honesta, de verdade. Sou capaz de me despir de vontades pra ter a parte boa. E você? não te interessa a parte boa? Talvez não exista parte boa pra você, não é. Só pode ser isso. Bingo.
Só sei que não compreendo teu medo. Nunca tivestes caxumba? Ou teve somente de um lado e teme ter do outro?
Mas lembre-se que dizem que é melhor ter dos dois lados logo. É menos sofrido.
E agora, josé? A festa acabou, a luz apagou...
Não posso deixar de agradecer algumas más impressões que me permitiste desfazer.
Tua guarda a meio-pau quase me permitiu entrar.
Eu insisto na proposta: friendly. Honestamente, friendly.
Solta a rédea. O cavalo sabe o caminho. Ele volta sempre pra casa.
As palavras foram doces, o tom quase sinfônico. E eu vi aquela que eu sabia que morava aí se permitir aparecer. O prazer é todo meu. Encantada em conhecer-te.
Ainda considero a sentença dura demais para um crime não cometido. Vou para a segunda instância.
Have a good weekend... don`t forget to smile.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
3 de agosto de 2007
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