playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

11 de junho de 2008


E daí que freira é gente? A congregação expulsa as duas velhinhas basicamente por se comportarem como crianças. Elas foram dar uma arejada e quando voltaram, puft, cadê minha casa? Cadê minha cama? Cadê a comida e as obrigações para com Deus a que estava acostumada há 50 anos?
Cinquenta anos... 50. Praticamente 18.250 dias repetidos. Não é à toa que o nome disso é clausura. Em uma das pesquisas, o Houaiss retorna: vida retirada.
Vocé se retira da vida ou a tem retirada de si? Sim, faz diferença. E pensar que os evangélicos gritam: Jesus liberta!
Onde? Quando? Se para seguir qualquer doutrina que leve ao senhor, precisamos abrir mão de um monte de coisas, fazer isso e aquilo e deixar de fazer outro tanto de coisas?
E melhor, o argumento de protesto das freirinhas é: Não somos prostitutas, não somos violentas, não somos ladras, não somos doentes mentais.
PÁRA TUDO!
Primeiro: a igreja não deveria acolher a todos? Ser piedosa?
Segundo: doentes mentais??????? e desde quando doentes mentais não são dignos de compaixão, abrigo, e convivência?
Ah, tias rebeldes, puxa, não me decepcionem assim. Eu queria ser Carmelita quando era criança. (ok, sei que algumas pessoas devem estar desmaiando com esta informação, mas é verdade).
Eu sei que freiras comem criancinhas, mas apiedei-me (o que a congregação deveria fazer pelas prostitutas, ladras e doentes mentais) dessas carinhas gordinhas. Vocês provavelmente não devem ter culpa, no mínimo deviam comer demais.
O que me chamou atenção nessa história foi o cartazinho equalizando as prostitutas e os doentes mentais aos viuolentos e ladrões.
Tenho certa comoção por prostitutas, confesso. Ou ja fui uma, ou tenho uma guardada aqui dentro.
Mas tenho. Não consigo enxergar o comportamento repulsivo que acomete a maioria. E cá entre nós, este urderground é pra lá de interessante.
Pronto, confissões à parte, ainda temos os doentes mentais. Santíssimo, o que as levou a se desculparem por não o serem?
Antes fossem doentes mentais se desculpando por serem freiras - faria mais sentido, não?
Enfim, talvez de freira, puta ou doente mental, todos tenhamos um pouco.
Rezemos para as freirinhas acorrentadas (aliás, em nenhuma parte do cartaz está escrito que elas não são sadomasoquistas, né?

Pois é.

2 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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