Se é certo que este ano (2007) é o ano do fechamento de ciclos. Há de ser também o ano do início de novos ciclos. Sim? Me corrijam se eu estiver voando.
Portas estão se fechando, e como diz um amigo, alguma janela há de se abrir.
Pois bem, percebi uma pequena basculante entreaberta. Acho que sou capaz de passar por ela. O duro é que a tal janelinha-ventilação tem mania de se fechar antes de se poder passar com o corpo todo. Fico presa. Encalacrada. Enquanto era apenas um braço, tudo bem. Mas a tal deixou-se aberta por um tempo maior ultimamente e consegui passar 70 por cento de mim. Agora, já era. Voltar vai doer demais, afinal, já passaram os ombrinhos. Não é o que dizem dos nascimentos? A pior parte são os ombrinhos.
Não há de ser nada, vou deixando o sal de lado, quem sabe enxugo um pouco os líquidos e escorrego para dentro.
Bem sei que lá dentro está quente e confortável, e decerto há lugar pra mim.
Neste exato momento, sinto-a me pressionando. Como se me dissesse: "ei, te deixei entrar um pouco. Um pouco, eu disse. Não quero, ainda, que entre mais. Espera. Logo te deixo entrar".
Pois bem, aqui estou eu, metade dentro, metade fora, aguardando. Tenho paciência e preparo físico suficientes para a espera. Mesmo que me debata por vezes aos prantos, pensando na possibilidade de não conseguir entrar. Espero.
E convenhamos, para quem tinha as mãos destruídas toda vez que tentava apenas encostar para abrir, até que evoluí bem.
Janela, janelinha... o ano não pode terminar sem você se abrir todinha...
Tá, a rima é pobre. Vou consultar um oráculo qualquer pra ver se as palavras aqui de dentro conseguem entrar em sintonia com os próximos rascunhos de mim mesma.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
26 de setembro de 2007
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