...Foram uns dois segundos e eu fui surpreendida exatamente pelo que esperava há tanto. E tem jeito melhor de se surpreender, senão pelo que se espera? Não sou capaz de dizer quanto durou. Apenas sei que aconteceu... E foi bom. Foi bom perceber que vinha em minha direção. Foi bom me dar conta de que não havia tempo para desviar. E ainda bem que não desviei. Foi bom encostar de leve e sentir você.
Foi bom ficar quatro segundos (não exatos, afinal quem contaria segundos naquela hora)te sentindo parada com o rosto tão perto que podia ouvir teu pensamento, e de repente ser puxada como um imã. Foi rápido, isso eu posso determinar. Mas alguma coisa tem de explicar o por que de eu, depois de lutar contra a porta, entrar em casa e ficar andando sem saber pra onde ir. Sentar na cama e me perguntar: Você tem certeza de que não é um surto de algum cogumelo alucinógino que você tem mania de comer?
Só não foi tão bom te ouvir dizer "tá tudo errado". Mas ao mesmo tempo, foi ótimo. Porque me fez responder internamente: "não, tá tudo certo. absolutamente certo".
Certo é poder dizer que sente. Ou não sente. Certo é matar vontade, ou curiosidade, ou desejo. Errado seria matar tempo. Errado seria fazer por fazer. E eu acho que nao foi o caso, foi?
Horas depois, ouço coisas que já esperavam para ser ouvidas há muito. Enfim, foram libertadas da auto-censura fulminante que te protege.
É gostoso ver você sorrir leve e se deixar levar por você mesma... Quer dar um passeio comigo?
O que se segue não mais precisa ser expresso em palavras, pelo menos não públicas. Enfim, uma briga que valeu a pena. E eu sabia que valia.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
25 de setembro de 2007
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