Me demito.
Me demito de dar tudo o que posso. De ser compreensiva com a maldade (programada ou acidental).
Demito a mim mesma de te convencer de que falo a verdade.
Estou me mandando embora. Porque o golpe foi na boca do estômago.
Se acredita realmente no que diz, não aproveitou nenhuma chance de enxergar quem esteve na tua frente. Essa aí que você desenhou não sou eu. Se quer dar a ela o meu nome, dê. Mas não sou eu que ela representa.
Talvez ela represente a imagem que alguém deixou na sua referência. E você agora quer estampar em mim.
Me demito, de carregar o estigma de quem te fez mal. Porque eu não fiz.
Quis ser amor. Não podia. Deixei de querer ser.
Quis ser amizade. E podia. Mas tem algum muro no caminho que é mais forte que eu. Meu motor é 3,0. Mas eu devo ter esquecido o kit off road. Porque bato contra o muro e me despedaço.
Eu não sou perfeita, erro muito. Faço coisas horríveis para mim e para os outros. Mas sei pedir desculpas. Só não posso me desculpas pelo que não faço. Embora se necessário, desculpa nunca é demais se vier de dentro.
Te falta olhar pra fora. Eu sei que o mundo ai dentro deve ser lindo e com certeza mais seguro. Mas a insegurança aqui de fora pode te dar a sensibilidade para reconhecer quando alguém fala ou não a verdade. Te desejo que um dia resolvas sair daí, dar um passeio.
A gente espera do outro o que espera da gente mesmo.
Talvez por isso, eu não consiga acreditar que tua injustiça seja tua verdade.
Agora, pegou pesado. Porque botou minha palavra no vento.
Vai passar. Sei que vai.
E quem sabe quando outro avião cair, você reflita de novo sobre deixar conversas mal acabadas. É uma pena que tanta gente tenha que morrer para algumas pessoas perceberem que não sabem de tudo que acontece na vida de outras.
você não sabe o que disse. E não sabe o diz. De mim.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
18 de setembro de 2007
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