Acorda, liga a cafeteira (de preferência com pó e água já), limpa lá fora, olha a janela, faz carinho nele, faz carinho nela. Volta. serve, adoça, toma. Pensa. A hora. Tudo bem. Fala com ele, fala com ela, ambos querem. Cede. Veste-se. Saem, os três. Uma volta na primeira quadra. É pouco. Seguem para a segunda. Ela cansa, ele puxa. Voltam. Lencinhos umedecidos, primeiro ela, depois ele. Acende a luz, Verifica se todos estão vivos. Estão, menos mal. Um punhado e fecha a tampa. Pensa. Olha pela janela. Primeiro, que bom. Em seguida, que ruim. Deprime. Hoje é exceção, veste-se de outra, óculos, ninguém precisa saber. Sai. A mesma quadra. A mesma segunda quadra. Sem volta. Espera. Resmunga, blasfema, sente o vento, agradece, arrepende-se. Conforma-se. Olha ele! Entra. Calor, por que eu? Pensa. O cartão, o dinheiro, o cartão. Passa. Espera. Por dentro chora, por fora sua. Desce, caminha. Botão. Ainda dá tempo. Entra, não dá mais. Sobe. Oi, oi, oi, apenas a cabeça, apenas o sorriso, oi. Senta. Pensa. Puta-que-o-pariu. Espera. Espera muito. O olho pesa, a bunda dorme. Um sinal, curto. 2 horas, 4 horas, um respiro. Preciso. Vida ou morte. Sai. Êxtase! Vinte passos pra lá, vinte passos pra cá. Fim. Confinamento repetido. Espera. um sinal, um sinal. Pensa. Passa logo. Qual o sentido? Na verdade? Nenhum. Anima-se, falta dois, um. Alforria momentânea. Serve. Saí, Agora flutuando, mesmo que dure pouco. Espera, que bom, o vento volta. cartão, dinheiro, cartão, suor, paciência, desce. A segunda quadra, a primeira. Cléc, abre. Faz carinho nele, faz carinho nela. Todos vivos, punhado. Roupas fora. Ela em cima, ele ao lado. Paz...
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
12 de março de 2007
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