playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

16 de agosto de 2011

Corrigindo o post anterior, mais tempo que pensei se passou e eu continuo aqui. Ainda temporária, e assim espero seja até o fim, estendi minha estadia por aqui. Aprendi até a gostar de ficar quietinha o dia todo. Ouço mais músicas, fato, mas ainda não consigo usar o tempo de forma útil.
Hoje, Madonna faz aniversário, e em outras épocas eu até cortaria um bolinho. Ouço Adele e o Zagallo foi assaltado, notícia do dia.
Pra maioria das vidas no mundo, um "edaí?" seria de bom tamanho pra essa notícia.

Solange Couto tem seu terceiro filho aos 54 anos. Isso eu acho uma notícia bacana. Corajosa a jovem senhoura. Não por ter o bebê, mas por se expor a ouvir cada opinião mais absurda que a outra sobre direitos, possibilidades, capacidades ou pensamentozinhos de quem "acha" que sabe de todas as coisas da vida. A vida, enquanto mistério absoluto para 99% da população permite coisas até bem mais ousadas do que isso.
Vamos dar um shut up bem grande e pensar na própria existência?

Minha tarefa de hoje é criar um nome pra um blog. Entre uma ideia idiota e outra, penso nas coisas bobas. E você?

Dizem que Norma será assassinada no capítulo de hoje. Isso sim é algo com o que se preocupar... Será que vou chegar em casa a tempo?

Eu tentei, mas não vou conseguir deixar de falar sobre o Gianecchini. óbvio que desejo saúde e sorte pra ele, mas cá entre nós, os jornalistas exageram né. Ontem uma notícia dizia: A Batalha de Gianecchini contra o câncer".
BATALHA? Faz uma semana que ele descobriu estar doente!

To tentando compreender e praticar o amar ao próximo como a ti mesmo, mas me questiono se não seria ruim para o próximo.

Boa tarde de calor em São Paulo.

6 de julho de 2011

Em tempo

Muito tempo se passou desde a última passagem por aqui, né.
Hoje, numa situação que em primeiro momento me parecia torturante, percebi que talvez seja uma oportunidade. Passo os dias a não fazer nada, autorizada a isso, por incrível que pareça. Explico: estou trabalhando em um lugar por alguns dias pré-estabelecidos, ganhando por isso, mas sem que deem nada para fazer. Hoje faz 3 semanas e ainda virão mais 4. E depois de quase 20 dias, passando 8 horas em frente ao computador sem fazer absolutamente nada de útil, pensando "meu deus, que tortura e que inútil é isso", me ocorreu, não por acaso, mas à leitura de um livro, que talvez seja exatamente para refletir e praticar algumas mudanças ou contemplações que este período se impôs a mim.
Por que não, começar por aqui, meu espaço escolhido para expor-me. Apesar de muito tempo livre, há tempo não encontrava tempo para me dedicar. A palavra tempo não se repete por mero equívoco de vocabulário. A palavra tempo há de ser a prerrogativa da vez. Entender o tempo, compreender o tempo e quem sabe, se espera, usar o tempo, de uma forma melhor, ou pelo menos, diferente do que tenho feito.
Enquanto eu penso por aqui, pensa por aí. No seu tempo. O que tem feito com ele?
ah, o livro que estou lendo? "Nosso Lar".
Take your time too.
bacci, té logo.

22 de dezembro de 2010

Vim falar das coisas que desanimam.
A página carregou e percebi
desanimei, esqueci.

18 de outubro de 2010

volto pensando

Sou o que sabe não ser menos vão
Que o vão observador que frente ao mudo
Vidro do espelho segue o mais agudo
Reflexo ou o corpo do irmão
Sou, tácitos amigos, o que sabe
Que a única vingança ou o perdão
É o esquecimento. Um deus quis dar então
Ao ódio humano essa curiosa chave
Sou o que, apesar de tão ilustres modos
De errar, não decifrou o labirinto
Singular e plural, árduo e distinto
Do tempo, que é de um só e é de todos
Sou o que é ninguém, o que não foi a espada
Na guerra. Um esquecimento, um eco, um nada


Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.



Jorge Luis Borges

24 de maio de 2010

To montando casa nova, manterei as duas, ou pelo menos tentarei, tipo casa da cidade e casa da praia. Acho que o Café com Crime será a casa da praia, quem me conhece saberá por quê.

Vou migrar alguns textos pra nova casa, os que fizerem sentido de existir nos dois lugares. De resto, espero que visitem os dois, sempre, mesmo que eu demoooore pra aparecer em algum deles. Eu SEMPRE volto, isso é uma certeza.

Segue o novo endereço: www.lidiapaula.wordpress.com

numa tarde de chuva, é só passar aqui, pegar o café e ir pra lá bater papo.

12 de abril de 2010

"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos."


e a Clarice me descreve quando fala de si. Por quê? Como?

25 de março de 2010


Eu juro que to tentando acreditar nisso. Mas tá tãoooooooo difícil.

como se eu já não tive surpresas suficientes na vida

Sim, a obra terminou. Mas o problema não.

Esse é o resultado de se fazer reforma com empreiteiros teimosos que acham que sabem mais que vc, e deixam o nível do ambiente externo no mesmo nível do interno. Preciso falar mais?





8 de março de 2010




Marininha nasceu. Filhotinha do meu amigo Jorgim. E olha que fofa a tia aqui com o menor bebê que já vi no colinho. Fiquei toda toda, me sentindo importante.
Bem-vinda piscianinha!


Enfim, fim!
Reforma acabada, aos trancos e barrancos. Mas ficou bom. uma fotinho da persiana nova, antes da foto final pra fazer um antes e depois.
Foi dureza, mas passou. Tá certo que podia ter passado com menos lágrimas, mas foi.
Ao amigo que me aguentou 1 mês invadindo a casa, obrigada.
A quem me ouviu falar,fala,r falar, monotematicamente, espero retribuir.

23 de fevereiro de 2010

"Às vezes, não sentir nada é a única maneira de sobreviver"
May - A Vida Secreta das Abelhas


Isso explica algumas pessoas.

21 de fevereiro de 2010




e pra varias, uma carinha pra me manter acreditando que existe o que imagino ser felicidade.
saudade dos filhotes. no close, Pinguinho

Vinte dias se passaram.

Minha identidade de casa está um pouco abalada, entro lá e nao me sinto tãoo em casa. A sensação é de que eu poderia viver assim, com uma malinha e em hoteis, sem apegos. Embora eu sinta falta das minhas coisas, ainda que não faça ideia de onde elas estão neste momento.

Voltei a nadar dia sim, dia não, e as vezes um sim e o outro também. Ontem foram 2 horas e meia. Tem sido o único momento que consigo ficar com o telefone desligado sem me preocupar se alguém vai ou não ficar chateado ou até bravo por não me achar disponível. É brega, mas digo que é meu momento. E além do óbvio, tem sido divertido.

Continuo pensando compulsivamente, na vida, nas pessoas, no que vejo, no que sinto, no que o outro vê e sente também. Porém, infinitamente mais calma. 33 anos se aproximam.

Tenho vivenciado a solidão, mas ainda não me acostumo a ela. Ou melhor, acostumar-se a ela sim, mas desejá-la não. Não mesmo.

Sofro pelo sofrimento de quem mora aqui dentro. Sofro por mim. Me alegro também, em momentos espassados.

A divagação de ontem foi: "Existe algum motivo para que cada um seja o que é. Ou não?" Parece óbvio, mas nem tanto.

Olha aí embaixo as novas fotos da evoluçao da casa. 80% concluído.
Meus sentimentos e divagações andam tão profundos que não tenho conseguido elaborá-los a ponto de escrever sobre.


Uma bagunça antes de levarem o entulho, ainda se via parte da casa.


Não existe quase mais nada como era


e um renascimento, ainda sem muita personalidade


fiquei horas escolhendo essa faixinha

5 de fevereiro de 2010

alguém mexe a bunda da cadeira por alguém hoje em dia?


antes se atrevessava oceanos por quem importava.
hoje, acho que no fundo só se quer importar pra alguém o suficiente pra estar contido nos planos.

me choco a cada meia hora.

Aproveitando a era do "EU", vou usar uma versão diferente do "EU PRA MIM" e dar a contrapartida do post anterior no melhor estilo "EU PRO MUNDO". Eu seria uma hipócrita se não fizesse isso.


Eu não sou politicamente correta, pra decepção das comunidades coxinhas.
Às vezes maltrato minha mãe, pelo excesso de "quero que tu seja feliz", ai critico, grito, depois ligo pedindo desculpa.

Infernizo a vida de muita gente, principalmente dos que verdadeiramente me amam (simmm existem), falando pelos cotovelos, divagando, ficando em dúvida, pedindo (mais) carinho.

Encontrei uma pessoa que me ouve, me enxerga (às vezes não, mas é perdoável) e me ama, pq já aturou bastante coisa de mim.

Hoje em dia só posso dizer que tenho um amigo, e por deus, ele tem paciência comigo.

entre outras coisas, essa dualidade é que dificulta tudo. por isso, vc deve fazer uma lista com os pesos das coisas, fulano pode pecar em um ou dois quesitos, mas acerta em um muito mais importante.

não, meus defeitos não param aqui, mas daria uma lista longa.

eu reclamo, mas juro que reclamo somente o que posso retribuir.
Eu tento ouvir, embora fale horrores.
eu não penso só em mim, e esse talvez seja o meu pior defeito.
pq sei que exijo que as pessoas entendam e sejam assim.

ms to mudando. e hoje tento dar valor a quem ta do meu lado antes de perder, como já aconteceu. porque tb falho, diariamente, hora a hora. conversa a conversa.

e embora alguns digam que peço desculpas demais. Acredito que sinalizar que sei que errei e pretender nao repetir seja necessário sempre pra demonstrar: você é importante pra mim!

saca?
espero que as coisas não sejam tão radicais. se tu errar, vou te dar algumas chances de reverter. até que o não uso delas deixe claro que não vale a pena.

se eu errar, queira me ouvir.

tudo isso se converge no seguinte pensamento: relações superficiais são mais saudáveis, pq quando vc se dá demais, se entrega e se fragiliza demais, acreditando que o cuidado que você tem o outro terá tb.
e com esta conclusão, quero continuar me envolvendo profundamente, pq sou teimosa num tanto que chego a ter raiva de mim.

ultrapassei o limite da divagação. a partir da linha de cima, começamos a nnao fazer sentido.

bom fim de semana, bro.