Pela estrada afora, eu vou bem sozinha... três oportunidades ensolaradas e musicais de "let it go", mas Coragem, o cão covarde, me dominou. Os vales com rios e gramas verdinhas a perder de vista terminam descendo até o mar. Wow, Wow, Wow, ver-de-a-zul.
Penso nos mortos. Não os que morreram, mas os mortos que todos temos e levamos na vida.
Tire a metacomparação e vai ver que sim, todos temos nossos mortos-vivos.
Pessoas que estiveram conosco e de repente viraram lembrança, às vezes lembrança tão presente que até dói. E o mais engraçado é que talvez esses "mortos", os vivos, sejam mais difíceis de acessar, porque na maioria das vezes não foi uma fatalidade que os levou, e sim uma escolha, uma vontade, uma incapacidade de ficar ou de os mantermos conosco.
Eles estão ali, ausentes-presentes, e precisamos tratá-los como se não estivessem mais no mundo para ignorar o quão simples seria querer tê-los de novo por perto.
Aos mortos-mortos ainda damos flores e homenagens. Dos mortos-vivos, escondemos nossa saudade.
E ainda não sei se manter morto um vivo é autoproteção ou uma puta perda de tempo e de amor.
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