13-08-08 "que amor é esse que desordena. que entrega e recusa. que mata de querência e traduz o mundo em um sem palavras infinito. que trança as pernas e acorda engasgado. que diz as verdades que mentimos a nós mesmos. que arranca la do fundo a vontade do sempre, do sempre estar, do sempre querer, do sempre esperar, do sempre amar. e que entorpece fazendo parecer nunca acabar. que faz negar convicções e ter medo, e ter medo, e ter medo, de perder, de não ter?
que amor? pergunte-se. mas prefira não sabê-lo. não senti-lo, não precisá-lo. a menos que ele venha, cedo, tarde, um dia, caminhar ao seu lado. pra frente, pra frente. e mesmo que um minuto, pra sempre.
Prefira os pra sempres de um minuto aos nuncas eternos."
*134 - rua D - Cemitério da Consolação
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