...aqui. Apesar de não ter sido por medo das abelhas (vide primeiro ato), acabei no rarefeito.
A incapacidade momentânea de escolha a que estou suscetível me jogou - com todas as forças que este verbo pode empregar - no caminho da falta constante de ar.
Prolixa como somente eu consigo ser quando estou com a cabeça transbordando de eloquências, tento explicar a mim mesma que este é o melhor para o momento. E aî mora o perigo: não me convenço de jeito maneira.
Fico dando voltas em mim mesma. Cada hora com um argumento mais tocante para os seres mortais normais, porém totalmente ineficientes para uma louca (mansa, mas louca) como eu.
Você precisa de rotina - (quem foi o idiota que disse que isso é o certo?)
Vai ser bom, ocupar a cabeça e parar de pensar em coisas que te machucam - (doce ilusão, apenas acumulo pensamentos. Antes eram somente as coisas que machucavam e agora são elas e além delas)
Capitalize-se! - (tá, essa quase convence. Mas e aí? Capitalizar pra quê mesmo? Pra pagar o hospital quando eu enlouquecer e ficar doente?)
Aproveita e aprende algo novo - (com perdão da falsa modéstia, é mais fácil eu desaprender de ser feliz)
Ah, detalhe: INCOMUNICÁVEL! Estou absolutamente dentro de um reformatório. O que não é nada mal pra uma pessoa como eu que nos últimos 9 meses tem agido como se fosse uma delinquente emocional. Mas, todavia, entretanto, a vida tá passando... e ela é rápida. Por mais que precisemos apanhar às vezes para aprender, será que é preciso tanto?
Eu descobri onde errei. Ótimo, não cometo novamente, mas tem jeito de aplicar no mesmo lay out em que errei? Tem? Fala aí Senhor. Dá-me tua autorização pra eu ter terceira chance.
Voltando ao problema prático (às vezes acabo misturando todos os canais e esta ferramenta desnecessária que deveria servir apenas para bombear sangue comanda a situação), ESTOU AQUI. PONTO. FAZER O QUÊ?
30 anos. E começo a admitir agora que talvez eu não saiba não sofrer,
Ou melhor, talvez eu não saiba sofrer, isso sim.
Me desafiei a 180 dias. A julgar pelos meus últimos 180 dias, viverei um hopi hari de emoções. A única pena é que o hopi passado eram emoções que me faziam sorrir mesmo quando provocavam lágrimas.
Acho prudente prever um terceiro ato... afinal, sou EU mesma em minha essência a protagonista desta opereta.
P.S. Esta desgraça de perfume que passa o dia inteiro aqui atras de mim ( e neste caso é bem real e não somente saudade de alguém) vai conseguir me enlouquecer????? Será que eu mereço até isso?
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
31 de janeiro de 2008
dois atos de improviso - segundo
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