playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

30 de maio de 2009

Se matava lentamente sem perceber. Jurando que não enfiaria uma faca no peito, dava a cara a tapa diariamente, e ia se enganando. Achando que nao fazia mal morrer devagar.

29 de maio de 2009

Você se sente lutando contra tudo por um nada tão absoluto que somente você mesmo não percebeu.

Se corrompe nos seus maiores princípios de vida por algo que sente entre a boca do estômago e o coração. Se desrespeita e eventualmente desrespeita pessoas as quais ama. Por que mesmo?
Ah, sim, por achar que merece um algo que ninguém disse exatamente que você merecia.
neste momento, você está se dando muita importância. Ou dando importância demais a alguém que não te dá. E, ao mesmo tempo, se tornando um ser abominável mesmo para aqueles que o têm no mais alto grau de amor.

É um autoabandono, pois você começa a viver pelas regras erradas. Deixa as suas de lado, e neste momento sua mãe deve pensar (se soubesse disso tudo): o que esta criatura está fazendo com tudo aquilo que demorei anos para ensinar?
Decepção mundial. Mas nada comparada à decepção interna. 

é a devantagem de ser curvilínia demais. Quando se tropeça e cai, se sai rolando morro abaixo sem parar.

às vezes penso que não há volta, ou pelo menos não enxergo o caminho por onde vim. 
Será que isso é o tal trilhar a estrada? Se for, cara, peguei o mapa errado.
Esse caminho nnao está indo para onde aquela placa indicava.
Aquela lá atrás, onde eu li: Siga seu coração.

E Clarence "Frogman" Henry canta I Don't Know Why... But I Do

Aquele cara vestido de vermelho sentado no seu ombro diz: Se mata e começa de novo.
O de azul retruca: Balela, se fizer isso vai se foder mais ainda.
E você no meio, pensa, consigo mesmo pra não levantar suspeitas: vou matar os dois e seguir sozinha. Já fui bem melhor que isso.

27 de maio de 2009

Horóscopos são mentira. Biscoitos da sorte também.

Quando alguém te diz que tudo vai ficar bem, não acredite. É mentira.
Um bonequinho sorrindo não significa que vale a pena sorrir.
Porque no fundo, as coisas são por um fio. Único e frágil fio, como a teia de uma aranha, que até parece resistente, mas... não é.

Errar é humano? mentira. É desumano. O julgamento é desumano.
Tolere os erros alheios, numa tentativa de ser justo. Mas não espere ser tolerado. não, definitivamente, não espere. 
Nenhum gesto de amor seu sobreviverá ao menor equívoco. Tenha por certo.
E se você não suportar, desapareça, amanhã o sol vai nascer independente da sua presença.

E quando alguém te disser que você é incrível, duvide. Estão apenas tentando te fazer se sentir melhor. A verdade é bem mais dura que isso, anjinho.

Não erre, não erre, não erre por nada deste mundo. Quanto menor o erro, maior o preço.
Erro bobo é coisa de principiante... merece punição dobrada.

5 de maio de 2009

I suposed to be _ _ _ _ _ , but I'm not.

As luzes daqui da sala estiveram apagadas o dia inteiro. Eu tenho desejado por isso há muito. Detesto lâmpadas corporativas como se fossem bifes de fígado. Meus olhos ardem, vejo pontinhos pretos a partir das 3 da tarde e confesso, o escuro me atrai. Me deixa menos qualquer coisa ruim que eu esteja sentindo.
Concluí que não sou nada. E na categoria de nada, posso voltar a querer ser tudo, exatamente como quando tinha uns 12 anos. Fui fazer aula de teatro no colégio, e foi lá que me apaixonei pelo escuro (sem sacanagem).
Ficava sentada horas na platéia vazia. Sentindo o cheiro do chão e das paredes. Sim, teatros têm cheiros específicos. Cheiros de histórias. Cheiros de transformações. E às vezes, cheiros de gente perfumada que passou por ali também.
Sempre me encantou que cada espetáculo, logo que começava, exalava um perfume próprio, que vinha diretamente do palco.
Vários diferentes, mas em algum momento, todos se pareciam. Viraram minha referência de fantasia.
E mesmo que durante os 10 anos seguintes aquela fantasia fosse minha plena realidade, a de ser várias coisas ao mesmo tempo, ainda confundo as duas coisas.
É a atmosfera que me comove, e me ganha sobre qualquer coisa na vida.
Estar ali, na platéia, no palco, na cabine ou onde ninguém sabe, muda minha perspectiva. Enche imediatamente o meu peito de bolhas de sabão. 
Lembrei disso pelo escuro. Que ganhou essa colorida referência na minha vida. Diz minha mãe que desde sempre gostei dele.
Assim como chuva, dia nublado, noite, fim de semana, viagens e metrô. Onde todos parecem se transformar na mesma coisa: nada muito específico. 
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