Marta às vezes me mostra alguma essência dos assassinos passionais. Enquanto espera o sol baixar na tarde, ouve uma música qualquer cantada por uma bêbada qualquer, bate o salto do sapado no chão e pensa que prefere a dor da morte a da perda. Escolho não interferir por saber que são apenas efeitos de uma tentativa de não lidar com as tragédias e sim se deixar levar por elas. Sei que a morte à qual ela se refere seria acidental, "o mundo resolveu minha dor por mim", mas ainda assim, me intriga essa mulher. Uma mulher que traz dentes de leite no sorriso e meias rasgadas a unha na mala. Assiste Fantasia antes de uma noite tortuosa. Desafia-se a dar o corpo e preservar a alma. E quando afunda a cabeça na água, volta a ter 4 anos.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
10 de abril de 2008
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2 comentários:
senti a dor de ser a Marta, daqui, da minha cadeira... bem bonito!
www.vanessacamposrocha.zip.net (pode me visitar, se quizer)
um beijo
vanessa
que bom Vanessa. é bom saber que Marta se faz entender...
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