E assim se (des)fez a luz no fim do túnel.
Quem disse que só você erra? Pode parar de acreditar nisso, está desfeito.
Um dia, ela te acusa de ser infiel, nunca fostes, nunca pensou em ser. Ou pensou, mas não foi. E isso é que vale. Passa um, passam dois, e lá vem ela dizendo que não pôde evitar.
De fato não pôde. Ninguém pode. Sabes bem disso, melhor que muitos.
E o caminho de ir em busca de respostas é longo. Te guia até o centro, mas no centro não há nada. O assunto se desfaz. Ela podia e evitou. Te evitou. Te pediu pra ficar mais para lá. Um passo para trás, dois. Muitos depois, estás sozinha. Não mais enxerga a sombra. Menos ainda a luz.
Aquele ponto brilhante que devia estar vindo se foi. Apagou. Quem soprou? Quem soprou tem lábios mais preparados? Melhor fôlego? Tem uma brisa que acompanha e que você já não transmite mais. Esse alguém, da luz, pediu para entrar? Vai saber. Pedindo ou não, ela abriu a porta. Pois bem, portas abertas. Olhos fechados. E só se vê o vulto da sua cor indo embora. Que ela não te peça para ficar. Porque agora não é possível ficar parada.
São dois pontos que vêm e vão. Afastam-se. Separam-se. É assim que deve ser, pelo menos até que se desprendam e possam pontuar outros caminhos.
playlistinha - momentos
- Ouça o seu silêncio
15 de maio de 2007
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