playlistinha - momentos

  • Ouça o seu silêncio

30 de outubro de 2009

Disse Zélia Duncan às 13h09 doa dia 29 de outrubro em seu Twitter. E eu torço tanto para que isso faça sentido. 



"Os piores fantasmas são os de carne e osso! Como pesam, não? É maravilhoso descobrir que muitas dependências são pura ilusão."


Penso aqui, com a bola de gude na garganta: A ilusão de dependência é uma prisão tão violenta que só consegui chorar ao ler isso. Porque o louco está no fato de ser triste a dependência e ao mesmo tempo triste a tomada de consciência de ser uma ilusão. é quase como um perder o chão para algumas pessoas. Devia ser libertador. Mas quem disse que a liberdade nnao é doloridamente a aceitação de não ser necessário. em termos.

22 de outubro de 2009



Eu tenho a pressa certa, aquela que liberta.

18 de outubro de 2009

Uma azia queima o estômago, ilustrando um desespero interno. Ainda ontem achava que sabia o exato motivo que apertava a garganta. A razão da suposta infelicidade parecia clara. Quando um momento de maior solidão confundiu os pensares e tirou os pés do chão. Aquilo que queria e sabia ser o que traria calma tornou-se o maior desassossego, palavra grande e cheia de curvas, por onde vagam os pensamentos buscando a chave da jaula que protege o medo. O medo trancado do lado de dentro não assusta nem deixa sair. Não adianta chegar agora até aqui. Ficar batendo na porta sem parar. Insistindo para entrar. Por mais que quisesse abrir, não conseguiria. Já não é mais, embora não tenha deixado de ser. A certeza que existia em querer deixar entrar se corroeu em ferrugem esperando. Cada porta batida na cara desfigurou o meu torpor. Teu ruim foi tão valente que curou meu cego amor. Ainda que queira voltar um ou dois capítulos atrás, a história correu sem roteiro, mesmo sem final aparente, mesmo sem cena envolvente, deixando claro o enredo. Tragédia disfarçada de comédia romântica. Sem rima não dá pra acabar, por isso vou ter que mudar. Um final que começou em desejo, reconhece lá nos créditos, da ultima pessoa que viu, um real e triste bocejo. Ainda acho a coisa brega, não consigo arrematar. Queria contar um sentimento, mas como todos os nossos beijos, melhor mesmo é adiar.

A vida tornou-se insignificante. Não, não a minha.

Você vê a foto de um e é como se visse a de todos.
As posições se repetem. E sorrisos são os mesmos.
Na TV, histórias de dores, de amores, são as deles.
Mas poderiam ser as minhas sem muitos esforços.
Eu, você e qualquer um somos desnecessários aqui.
Tento um verso simétrico para explicar o que sinto.
Quando percebo uma angústia desmedida chegando.
Angústia por perceber a falta de sentido que é viver.
Numa vida que já não se justifica mais pelas pessoas.
O que há em torno de mim diz o q sou ou o que sinto.
Precisei suprimir um "ue" para caber em uma linha.
Assim como vamos precisar deixar de ser ou querer.
Para caber num mundo onde qualquer coisa é nada.

16 de outubro de 2009

Acho que foi alarme falso. Não morri, obviamente. E também ainda não senti vestígios da felicidade.

Fora isso, acabo de passar por uma situação estranha. Ok, isso não devia ser novidade pra mim, tudo que me circunda é costuma ser ou se tornar estranho.
Um senhor pediu uma informação e eu dei. Passando algumas horas, vejo que ele ainda está sentado na sala da recepção, paro e pergunto: Nossa, ainda não vieram lhe atender?
Ele olha como se não fosse com ele, e vira o rosto. Contrariando meu usual comportamento, que seria sair de fininho constrangida, insisti e repeti a pergunta, olhando bem para ele. De novo, ele me olha e vira a cara, como se eu não estivesse ali.
Eu só não desconfiei que de fato tinha morrido no post anterior, pq outras pessoas na sala me olhavam como se não acreditassem no que estavam vendo.
Voltei pra minha salinha com aquele sentimento básico de peixes: vontadinha de chorar, como se tivesse sofrido rejeição. 
Ah como queria que coisas insignificantes fossem de fato insignificantes. 
Mas vamos combinar que tem cada ser esquisito neste mundo, tem.

vou tomar um café.

14 de outubro de 2009

Estou prestes a morrer. Ou prestes a ser feliz.
Resolver algumas pendências só snao possíveis em iminente morte ou felicidade.

1 de outubro de 2009